Degustei uma música

alojei-me entre espinhos carinhosos

e fui ver o mar que com fúria

batia forte contra nuvens improváveis

Ah! Que luz amena emoldurando

as lágrimas que se vão ao longe

Relembro um nome que nunca disse

e verifico os quadros repetidos pendurados

em minha janela

Gostaria de um pouco mais de ar...

Armas insinceras repletas de paixões

alteram a pulsação incontável incontrolável

e recito uma poesia de cor

deixei uma melodia estendida no varal

e sorri com a chuva

alagando o meu caminho

Sei que devia ter caminhado

mas ainda sou mais forte mesmo com toda essa paralisia