Pequena Janela para
tudo.
Pequena Janela Inexistente:
perdoa o malogrado
de ver através dela
tudo meio embolorado,
esculpido em pedra
de maneira inconsistente.
A pureza do retrato
que uma só janela
acarreta; um fausto
opróbrio, na fenestra
irresoluto, em alerta;
O sabor de reprisar
a cena d’outro dia,
que jamais foi
a algum lugar;
Outra quase vida,
a jamais chegar.
Um ato igual ao
ato d’outro, pela
janela pequena
percebo: sou
aquele ato e
o que sou dele
me emoldura falso;
Linearmente torto.
---
No observatório
da janela para
tudo empedrado:
Um Fausto imposto;
Novo passo alto.
Em separação
constante
entre a janela
e o inexistente
controle sobre
o que, através
dela, perpassa.
Pequena janela
para tudo.
Pequena janela
para o todo
inexistente:
Amarrou-me ao
mundo;
Amarrei-me,
insistente.
---
Perdoa o malogrado
de ver através dela
tudo meio assim,
esculpido em pedra,
de maneira sem fim.
---
P e q u e n a J a n e l a.
Pequena Janela.
Pequena Janela.
P e q u e n a J a n e l a
p a r a
o
m u n d o.