TRONCO
TRONCO
A casca do tronco está solta
Cai aos poucos ao chão
Deixa desnuda sua escondida força
Que enfraquecida por cupins
Está repleta de furinhos
Quase morto
Mas altaneiro
Enfeita a praça sabe-se lá
Até quando
Logo chegará uma serra
Dando cabo de sua existência
Ficará um toco de lembrança
Até que os cupins se fartem
E alguém plante uma nova muda
Que crescerá pujante
Até morrer
Cupinzada em renovação