TRONCO

TRONCO

A casca do tronco está solta

Cai aos poucos ao chão

Deixa desnuda sua escondida força

Que enfraquecida por cupins

Está repleta de furinhos

Quase morto

Mas altaneiro

Enfeita a praça sabe-se lá

Até quando

Logo chegará uma serra

Dando cabo de sua existência

Ficará um toco de lembrança

Até que os cupins se fartem

E alguém plante uma nova muda

Que crescerá pujante

Até morrer

Cupinzada em renovação

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 25/02/2018
Código do texto: T6263671
Classificação de conteúdo: seguro