JURO QUE VI

Vi um corpo estranho no céu.
No céu de São Paulo eu ví.
Seria uma bólide brilhante?
Os Russos espiando nós?
Ou poeira cósmica talvez?
Seria um Super-qualquer coisa?
Ou fragamentos minerais?
Ví um corpo estranho no céu.
no céu de São Paulo eu vi.
Talvez um cisco no olho?
O cometa Halley abortado?
Ou uma paranóia nuclear?
Arregalei bem os olhos,
e não acreditei no que vi,
não se tratava de miragem,
tudo absolutamente real,
uma límpada estrela luzindo,
no céu de São Paulo,
bem do centro da cidade,
eu juro que vi.

Livro: Reversos
Editora CEPE (1993)
Poema revisado 2018