A CANÇÃO QUE VEM DO MAR

Uma canção soa na lembrança como o tic tac que moldura a parede

Aqui jaz os tijolos de um antigo sonho ...

Ainda a vejo sorrindo na varanda com as flores brancas e amarelas

O vento trás a canção e com ele o meu Eu esquecido

E dentre tantas almas o que a faz ser tão presente ?

O moinho continua girando o meu catavento , em terra em mar a onde eu realmente deveria estar ?

Nomeio esta plaga que não é minha e nem sua , mas sei que aqui , nesta Terra ainda iremos nos cuidar ...

Talvez ainda viva como um cavaleiro errante , mas prefiro isto , do que a morte como um passante

Quem comigo estiver em cinzas , no refúgio que me abriga , é porque verdadeiramente ouviu a canção que vem do mar ...