PARADIGMA DO TEMPO
Migas do tão esperado tempo...
As folhas pareciam verde no olhar,
Aplausos, agora é que tudo vai andar,
Pequenos focos de esperança,
Azos para se ter confiança,
Palavras talvez confortam...
E acalentam os ânimos,
Onde a dor não se minimiza,
Na incerteza destas não serem cumpridas,
Eis que o tempo revelou-se estranho,
Deram-nos o cálice envenenado,
Lábia de mestre, discurso engravatado,
Falhou-se a primeira tentativa,
Não cumpriu-se o prometido,
Culpado será o tempo, sem tempo,
Tão redudante recurso e frustrante,
Enquanto as lágrimas murcham sorrisos radiantes,
De quem julgou ver o verde entre as folhas...
Mas foram apenas algumas migas,
Lamentam os ventos, pois erraram nas escolhas....
Outros como sempre, nada fazem...
A terra lhes é favorável,
A dor só alguns pertence (...),
Enquanto o tempo se envaidece,
Palavras, são apenas palavras,
E falar bonito nem sempre engana o estômago,
A culpa continua sendo do tempo...
Até que o seu silêncio volta a se expressar (...)
Enquanto isso, há muitas lágrimas para chorar (...)
(M&M)