Perdidos...
Anjo perdido...
Anjo do voo esquecido...
De sonhar...
E voar.
Anjo das terras de longe...
Que escondes no altar das lembranças de outros...
Surdos e mudos deste tempo...
Carregam nas costas pegadas de asas...
Os tormentos de outras dimensões...
Acertar nos olhares perpétuos das almas inquietas desta terra...
Sem visão, cega e certa de uma verdade pagã...
Anjos que acertam na profecia que nunca farão parte deste mundo.
Perdidos...
Escondidos nas loucuras terrenas...
Nas portas fechadas dos seus camarins...
Nestas peças teatrais que a vida impõe.
Os anjos clamam a volta sem saber quem é...
Anjos do sim...
Anjos do não...
Perdidos estão...
Parados no tempo olham para claridade...
Sol e calor...
E nas chuvas lamentam a falta de amor...
Olhos polidos e pacificados num olhar infinito...
Mostram para seus corações a terra perdida em suas mãos.
Anjos perdidos nesta nação de trevas e luzes artificiais.
Perdidos ou não.
Caminham sem direção.