Uniwerso Índigo Azul Violeta...
Triste, é não chorar,
Infeliz, é não sorrir,
Todos os dias...
Estar perdida em si mesmo,
Olhar-se no espelho do banheiro,
E não sentir-se como é,
Que não falta nada.
Apenas não sentir-se...
A alma não é igual à aparência,
A aparência da alma,
A alma aparenta,
Aparenta.
Querer sumir,
E assumir que nunca existiu,
Na aparência,
Na vida,
Que faz dividas em tua ação,
E a cobrança externa vem...
Os lugares estão ocupados pela razão,
Os espaços estão preenchidos,
Você esta fora,
Não se encaixa no mosaico humano,
Uma peça perdida do quebra-cabeça universal.
Por isso que voar é necessário,
Entrar nas tempestades de areia, e respirar,
Mergulhar nos furacões, e nadar até a bonança,
Os maremotos, os terremotos as ilusões.
Nadar como um golfinho nas marés altas e azuis da solidão,
Mas sentir-se livre, para nadar em qualquer direção,
Você e a água,
A densidade do límpido sentimento, diferente de outras marés,
Mas tuas marés, pacíficas ou revoltas, mas tuas...
Desaparecer na areia movediça do vazio da alma,
Aparecer e sentir-se nas arestas dos vales perdidos,
Do coração...
Das paixões...
E dos próximos vendavais...
Não sentir-se solitária no tempo,
Um planeta longe das galáxias conhecidas,
Um planeta diferente, com luz própria e o UNIWERSO todo teu,
E o vazio se torna UNIWERSO,
E a solidão as novas estrelas...
E a ilusão o tempo...
O coração o núcleo...
As paixões serão os desejos de amar novamente.
Sentir-se o mundo
Sentir-se o espaço
E convidar todos os sentimentos para serem os satélites,
Deste planeta novo
Deste novo UNIWERSO...
E ao olhar no espelho...
Ser o espelho, não o reflexo...
Pois quem olhar...
Verá outro reflexo...
Não o espelho...
Mas o espaço que o espelho tem em seu uniwerso...
O espelho
O novo UNIWERSO...
Você.