Sem medo da forca
Era um ladrão de carcaças
que nunca teve miolo
em sua vida devassa
roubava como um tolo
tinha moedas em pilhas
imprudente, com alvoroço
roubava até da família
guardava tudo em um poço
cercado de “bons” amigos
meliantes de carreira
por onde buscasse abrigo
a cerca virava barreira
reis e togas ilustrados
cobriam desvios com a capa
até a balança do magistrado
mancava fazendo a rapa
e o manto cobria o trono
e o trono cobria o rei
deixaram tudo ao abandono
até nossa pátria, nossa grei
quem era a majestade?
que dinastia o “elegeu”?
quem pecou contra a castidade?
eu só sei que não fui eu