de música e de poesia 65

Sou toda orifícios,

sou toda poros.

Sou tapete de vime tirado de dedos treinados e vermelhos

nativos do Xingu.

Deixa-me respira

que minha silhueta

dá vida a Maria: o fogo no Mato Grosso

me provoca cólicas amnorréicas.

Então eu novamente a subir as escadas ardentes

que me levam à lua:

o elevador-foguete

transportando ao lar-hologrâmico

os que vão ao oitavo andar do

prédio inacabado: prisão a proteger quem reside

quem transgride

o deireito de não voltar.

Thai
Enviado por Thai em 27/08/2007
Reeditado em 27/08/2007
Código do texto: T626047