TARDES ROXAS

Ante o cemitério paira

uma multidão de andorinhas

suspensas nos fios

elétricos que atravessam

pelo canto da cerca.

O odor das almas residentes

se instala por toda a vastidão

perfumando as folhas das

palheiras que, por acaso, residem

no velho terreno da baixa.

O sino plange; uma afluência

se dirige à capela. O silêncio se

instala entre as pessoas que se

aglomeram. Ao fundo, o sol

se posta entre duas mangueiras.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 19/02/2018
Reeditado em 19/02/2018
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