Nova flor
A minha alma
de inverno,
vai adormecer cedo,
sem canção de ninar.
Anoiteceu,
mais uma flor no cacto mais novo, nasceu.
Pedi a chuva para aumentar o seu barulho,
porque a queda dágua fora da janela,
faz crescer minha vontade de sonhar.
Chove chove, sono e sonho.
No sonho,
ao longe um barco se perde na escuridão,
na luta contra os perigos, entregue a solidão.
Mais parece desengano.
Será que um pescador quando vai em sua aventura,
tem vontade de voltar?
Difícil compreender a alma que desperta
envolta na simplicidade da sua casinha de pescador.
Adormece outra vez e volta à sonhar,
No sonho reencontra o seu amor.