Nova flor



A minha alma
de inverno,
vai adormecer cedo,
sem canção de ninar.

Anoiteceu,
mais uma flor no cacto mais novo, nasceu.

Pedi a chuva para aumentar o seu barulho,
porque a queda dágua fora da janela,
faz crescer minha vontade de sonhar.

Chove chove, sono e sonho.

No sonho,
ao longe um barco se perde na escuridão,
na luta contra os perigos, entregue a solidão.

Mais parece desengano.

Será que um pescador quando vai em sua aventura,
tem vontade de voltar?

Difícil compreender a alma que desperta
envolta na simplicidade da sua casinha de pescador.

Adormece outra vez e volta à sonhar,
No sonho reencontra o seu amor.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/02/2018
Código do texto: T6257665
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