POEMA DA NOITE

Minhas mãos são engrenagens,

Meus dedos continuam a ranger,

Só me falta a liberdade,

E paz para viver

Como um pranto no silêncio,

No sussurro um forte frêmito,

Uma alma em agonia,

Uma triste poesia

Um sorriso sem açúcar

No telhado estava ela,

Uma fada, uma donzela, Desnuda

A chuva de prata,

Lentamente a matava

Em um banho de sangue quente

Em uma água amarga, deixando-a emergente

Suas mãos magras deslizavam

Sobre seu cabelo curto, negro,

E seus dedos desenhavam,

Lembranças de um triste passado em segredo

E nas estrelas continham, Delicadas gotas de amor

E em seu brilho caótico, Apenas dor,

Mas sua beleza era tão inefável

Que dos lábios mais descrentes,

Aleluias arrancavam

Era a noite,

Céu tão escuro,

Mas cheio de estrelas brilhantes,

Assim tornando-o puro

E com o sussurrar dos ventos,

Foram deixando, as brisas frias, seu acalento,

O dia estava amanhecendo.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 18/02/2018
Reeditado em 18/02/2018
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