MEU ENCANTO
A janela se encontrava entreaberta
a cortina harmonicamente a bailar ao vento...
o meu olhar deitava-se na afável penumbra.
Num afastamento sereno, tu dormias o sono dos anjos… olhos suavemente fechados… aconchegado ao travesseiro com a mão esquecida sobre a minha coxa, tinhas no canto dos lábios uma intenção de sorriso.
Janela entreaberta...
o teu corpo inerte, vulnerável...
os meus olhos ternos passearam pelo teu ser, num inebriante encantamento acariciei-te na imaterialidade.
Virei-me de lado e naquela inevitável adoração...
Na vulnerabilidade tão exposta do sentimento, naquele dia...
Fiz amor com o teu corpo e com a tua alma