MEU ENCANTO

A janela se encontrava entreaberta

a cortina harmonicamente a bailar ao vento...

o meu olhar deitava-se na afável penumbra.

Num afastamento sereno, tu dormias o sono dos anjos… olhos suavemente fechados… aconchegado ao travesseiro com a mão esquecida sobre a minha coxa, tinhas no canto dos lábios uma intenção de sorriso.

Janela entreaberta...

o teu corpo inerte, vulnerável...

os meus olhos ternos passearam pelo teu ser, num inebriante encantamento acariciei-te na imaterialidade.

Virei-me de lado e naquela inevitável adoração...

Na vulnerabilidade tão exposta do sentimento, naquele dia...

Fiz amor com o teu corpo e com a tua alma

Rosilayne Vasconcelos
Enviado por Rosilayne Vasconcelos em 17/02/2018
Reeditado em 26/01/2023
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