Hospício

O tempo anda curto,

Meus sentimentos são como circuitos,

Minha alma anda em chama,

E por tua misericórdia ela clama

Se refugia em um abismo,

Essa mania, esse meu cismo

Continuando a matutar,

Tomo remédios controlados,

Para essa perseguição acabar

Acho que me injetei muita morfina,

Essa mania repentina,

Está destruindo minha razão,

Degenerando minha alma,

Machucando meu inóspito coração

Como uma nebulosa sem estrelas,

Sinto correndo em minhas veias,

As lavas de um vulcão

Queimando meus sentimentos,

Deixando-me na solidão

Esse hospício me deixa confusa,

Eu escuto as vozes da chuva,

Dizem que estou enlouquecida,

Pois minha alma está entorpecida

As lágrimas escorrem como rios,

E eu vejo, em meu desespero,

O mesmo rosto sombrio.

Natália Reis de Assis
Enviado por Natália Reis de Assis em 17/02/2018
Reeditado em 17/02/2018
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