LEMBRANÇAS TARDIAS
Tempo estranho este que vivo,
de evocações sem motivo,
pois no passado é que jaz.
É uma lembrança fugaz,
que vai, que vem pelo espaço,
bem distante dos meus braços.
Alcançá-la? Ah, jamais!
Para que viver assim?
Não é bom, é bem ruim,
eu quero esquecer disso tudo,
me calo, até fico mudo:
pensamentos tão sem nome...
Aos poucos se vão, e se somem.