P R E C I O S I D A D E S (101)
NO VERSO DE UM RETRATO
Quando mais tarde os olhos teus pousares
neste retrato meu, logo em seguida
lembra-te amor, de mim, dos meus cantares,
e de que foste o amor de minha vida.
E à noite, quase na hora de deitares,
olha-me um pouco . . . e quando adormecida,
tu sonharás com os sonhos luminares
da nossa juventude colorida.
Verás então na tela do teu sonho
nosso passado reviver na estrada
do nosso amor, nos versos que componho.
E se a saudade inda estiver contigo
quando acordares, minha doce amada,
de novo dorme e sonharás comigo.