O dom da renovação

mãos inquietas esculpem saudades

o pensamento é um rio a correr

lentamente como um sonho

mergulha o oceano de mistérios

num suspiro se alivia

o abismo do ser interior

e tudo se traduz na certeza

que é neste encontro

a essência de toda a paz

solitários ou não

toda ausência nos acompanha

célula a célula envelhecemos

tudo o que temos são quimeras

resta-nos um olhar mais ameno

às perguntas sem respostas

o não esquecer e o perdoar

quando o verbo é reciclar

e nesta confusão crescemos

sem mais escalar as razões

voamos ávidos de amanhecer

e antes que tudo escape

escrevemos mais um poema

Clivânia Teixeira
Enviado por Clivânia Teixeira em 27/08/2007
Reeditado em 29/03/2013
Código do texto: T625552
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