Nos idos vales do tempo

Nos idos vales do tempo é de lá que vens essa lembrança.

Solta feito folha a ires...

Deixando-me pra trás à esperança,

presa em meu peito há sorrires.

Lua distante, oh lua, que vela solitários

corações há palpitares de agonia.

Traga-me a mim que vou também neste calvário

luz pra iluminares tão sombria...

Noite que parece a mim querer interrogares:

Não me olhes desse jeito pois nem penso,

entender nem desvendares

o que dizes teu silêncio.

Se me basta simplesmente à melodia

que entoas teu silêncio até aurora...

Apunhalar-te com á lâmina do dia

e lhe fazeres novamente ires embora.

ThiagoMac
Enviado por ThiagoMac em 15/02/2018
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