Morte por não amar

Tocaste em meus lábios com mais sincera devoção

Teus dias, teus silêncios...

Tudo teu se rendeu à mim

Um desequilíbrio lhe turvou a calma

Amaste sem ser amada

Amaste por gostar de amar

Um masoquismo te atenua miseravelmente

Autêntica, desvirtuada por sentir

Amar, matéria de morte

Um instante de mim não quer tua presença...

Um instante ama, a quer livre

Num instante quero perdão

Quero sentir este sopro

Aportou-se por maior amor

Com amor, tu ficas

Por imensurável amor, tu se vais

Pra não morrer...

Sem fim nem fronteiras

Absoluta e pura escuridão

Em ócio e silencio

Amar, é matéria de salvação

Ser amado, volúpia de ser compreendido

Izandra Varela
Enviado por Izandra Varela em 15/02/2018
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