Coração orgulhoso
Fiz questão de esquecer
Um tal amor na alameda do desdém
E fiquei dali parado, só para observar
Acabei descortinando o que tanto queria ver
O troco com a mesma moeda
Contudo não me regozijei
No meu peito austero, a vingança não vingou
Senti-me mal com tudo isso
Ainda sentado, não obtive prazer algum
Um coração arruinado e debilitado
Carregado com anos e mais anos de amargura
Sofrimento que era notável em sua empalamada aparência
Ali, jogado em uma rua deserta e seca
Um ar fétido percorria ao entorno dele
Com uma frenestra meio aberta
Uma alma derribada em depressão se encolhia
Estendi a mão, não queria ser assim também
Porém, ele cria uma casca em sua volta
Aparentemente um luzir falso
E de prostrado, o órgão corrupto se reergue
Levanta a face da prepotência
E caminha para o fim enegrecido daquela via
E de longe vejo uma boca cheia de orgulho engolir todo o coração...