ÁGUAS RASAS (03 de julho de 2011)

Seu nome desenhado ao redor de tudo

chega antes, espera, vai depois de mim

inventa a estrada para onde não se vai

colore a terra, desbota o céu se chove

e suja as águas rasas dessa corredeira.

Seu nome é o verde da samambaia

incrustada na pedreira adormecida

ao vento é canção assoviada

na melodia está, seu nome é

e vem de encontro ao inesperado

fim do silêncio.

Seu nome eu canto nesse pequeno som

soneto singular onde a sílaba escapole

na tentativa de fixar no tempo

a vida que é demais, efêmera e doce.

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Baltazar Gonçalves

Baltazar Gonçalves
Enviado por Baltazar Gonçalves em 14/02/2018
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