ÁGUAS RASAS (03 de julho de 2011)
Seu nome desenhado ao redor de tudo
chega antes, espera, vai depois de mim
inventa a estrada para onde não se vai
colore a terra, desbota o céu se chove
e suja as águas rasas dessa corredeira.
Seu nome é o verde da samambaia
incrustada na pedreira adormecida
ao vento é canção assoviada
na melodia está, seu nome é
e vem de encontro ao inesperado
fim do silêncio.
Seu nome eu canto nesse pequeno som
soneto singular onde a sílaba escapole
na tentativa de fixar no tempo
a vida que é demais, efêmera e doce.
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Baltazar Gonçalves