PERFÍDIAS DO TEMPO
PERFÍDIAS DO TEMPO
Eis que o tempo é frágil
E as horas fogem
No fogo das paixões
Nas passantes primaveras
Eis que o mesmo tempo
Transmuta ou transparece
Pode desenhar e destoar
Perfídias paisagens
Que mesmo efêmeras
Revelam-se na memória
Das horas dolentes
Eis que o tempo decreta
E solva-se o que surge
E some-se ao que resta
Eis o que resta
Ousar e restaurar
Encastelar com audácia
Reverdecer com destemor