PERFÍDIAS DO TEMPO

PERFÍDIAS DO TEMPO

Eis que o tempo é frágil

E as horas fogem

No fogo das paixões

Nas passantes primaveras

Eis que o mesmo tempo

Transmuta ou transparece

Pode desenhar e destoar

Perfídias paisagens

Que mesmo efêmeras

Revelam-se na memória

Das horas dolentes

Eis que o tempo decreta

E solva-se o que surge

E some-se ao que resta

Eis o que resta

Ousar e restaurar

Encastelar com audácia

Reverdecer com destemor

Mary Fa
Enviado por Mary Fa em 13/02/2018
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