FANTASIA
FANTASIA
As palavras desfilam
Em bocas
Mas não se juntam
São alas distintas
Qual estrofes
De um bloco de sujos
Em poesia de sarjeta
Desispiram-se os enredos
Não lançam perfumes
Sequer confetes
Serpenteiam
No salão
Das ilusões não vividas
Em carnavais distantes
Atualizados em mutantes
Genéricos feéricos
Em corpos tremeluzentes
Que não inspiram poesia
Apenas algo carnal
Muito animal
Para quem quer romance
A seu alcance
E não performance a olhos mil
Escracho que esculacha
E não dá pra passar a borracha
Na quarta que logo chega
Acaba a nesga
Que alucina
Aliena
E tira de cena
Os fantasiados de alegria