FANTASIA

FANTASIA

As palavras desfilam

Em bocas

Mas não se juntam

São alas distintas

Qual estrofes

De um bloco de sujos

Em poesia de sarjeta

Desispiram-se os enredos

Não lançam perfumes

Sequer confetes

Serpenteiam

No salão

Das ilusões não vividas

Em carnavais distantes

Atualizados em mutantes

Genéricos feéricos

Em corpos tremeluzentes

Que não inspiram poesia

Apenas algo carnal

Muito animal

Para quem quer romance

A seu alcance

E não performance a olhos mil

Escracho que esculacha

E não dá pra passar a borracha

Na quarta que logo chega

Acaba a nesga

Que alucina

Aliena

E tira de cena

Os fantasiados de alegria

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/02/2018
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