QUEIMEM OS NAVIOS
QUEIMEM OS NAVIOS
Solta o ciclano, não prendam o fulano, revisem o plano da desgovernança tupiniquim, removam os mistérios que pautam os julgamentos, renovem o congresso e reavaliem o progresso das instituições movediças.
Queimem os navios da frota maracutaia, cheirando a flor de maracujá. Povo a deriva buscando um porto seguro, acredite, lhe asseguro que tudo é tão incerto.
Veto, voto, vaticínio, acompanhe o raciocínio de quem não pensa em pensar Coquetel servido em cuia, e a corrupção sem cura está caindo de madura e ninguém quer enxergar.
Salve o velho salve o novo, e a esperança do povo, salvem a professorinha que não consegue ensinar.
Salvem o tronco da palmeira que enfeita a beira-mar, salve a água cristalina e o sorriso da menina que ainda teima em sonhar.
Salve o mastro da bandeira que tremula altaneira no alto da bandalheira que assola este lugar.
É tanto disse me disse, é tolice, e blablabla, tanta conversa fiada nem sei onde vai parar.
AC De Paula
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