A DAMA DO PIANO

Com todos os seus encantos,

Entrou naquele recanto,

A dama do piano,

Senhora tão requintada,

Muito bem educada,

Desde seus tenros anos...

Vestida de um longo branco,

Sentou-se no ornamentado banco,

A frente do seu piano de herança,

Ajeitou-se para trás, as tranças,

E encostou seus dedos compridos,

Arrumou o seu festivo vestido,

Para que seu pé alcançasse o pedal.

E escutou um silêncio referencial...

Pois aquela noite era especial.

A dama do piano,

Não se importava com o título e tal,

Sabia que seu dom era divinal,

E com a respiração controlada,

Começou a dedilhar o seu recital.

A platéia extasiada,

Não controlava mais a ansiedade,

De ter os toques de felicidade,

E tremendamente aplaudida,

Curva-se humildemente,

E sai como entrara antes,

Deixando ver o seu semblante

Da tarefa bem cumprida.

Numa noite tão bela...

O recital agora se esfarela,

Mas gravado em corações...

Pelas gotas singelas de emoções.

(Gedeane Costa)

Gedeane Costa
Enviado por Gedeane Costa em 11/02/2018
Reeditado em 11/02/2018
Código do texto: T6251291
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