A Jornada da Dor e da Solidão
Busquei pelos cantos escuros da vida,
onde meu amigo sentiu a agonia profunda,
atravessou terras estranhas, desvalida,
dormiu em portas cerradas, sem ajuda.
Caminhou na estrada da fome e da dor,
onde o pé engoliu em seco a tristeza,
caiu no estômago vazio, sem amor,
ouvindo a canção solitária, sem presença.
Viajou na camisa que cobria a neve,
inventando um mundo de paz e fantasia,
desceu ao abismo, onde o mal se reve,
num inferno religioso, sem alegria.
E eu me tornei o pensador louco e perplexo,
que não enxerga na vida a sabedoria,
minha decisão, na vida, é um anexo,
edificada em baixa e fria agonia.