DOR DA EXISTÊNCIA
Inferno sem labaredas, dores do pensamento,
do real que parece inatingível, longe,
posto que torturas sempre oprimem tanto,
talvez, a denegrir nossa alma pacata.
Sem ataque, nenhuma defesa mostrada,
deixamos fluir maldades cruéis, que machucam,
abalam o espírito, destroem a bondade contida
da procura sonhada, buscada da vida harmônica.
– Mas, qual a razão da existência humana?
– triturar agressões dos semelhantes, agredir outrem?
– não será estar vivo amanhã, simplesmente?
É bom procurar o pacato, humano caminho,
saída emergente do buraco desta grande pocilga,
mundo-cão de merda, com vida e honra ou morte.