Raízes
Como demoraste flor para morrer
Pisei tuas pétalas, esmaguei
Com que prazer me deleitei sabendo-te caída
Benditos vulcões
Jorravam pelo teu caminho
Queimada
Encontro-te quase morta de frio
E passei agasalhado ao teu lado
Joguei teus pedaços no rio quando o barco estava ancorado
Colaste e nadaste
Desvairada e tonta
Prosseguia sobrevivendo – ao relento, às guerras
Ao peso do meu desdém flor-imperfeita
Ah, tuas raízes fincaram no chão
Sobrevivendo com minhas pisadas
Agora tenho que aprender a voar
Não te dar tanto carinho
Pisar em ti e ouvir teu soluço
Baixinho, baixinho.