AINDA
Poema de:
Flávio Cavalcante

 
I
Ainda que eu fosse o único no mundo
Tivesse à punho um acordo assinado 

Pudesse te dar o amor mais profundo
Jamais seria o homem mais amado


II 
Ainda que não houvesse o amanhã
E eu fosse o único a tentar sobreviver

Provaria que a mente estava sã 
Jamais tentaria ao menos te esquecer


III
Ainda que meus olhos fossem vendados
Minha boca amarrada e amordaçada

Pediria a todos os anjos abençoados
Que a minha voz também fosse calada 


IV
Ainda que tivesse que depois renascer
Das cinzas que ao vento foram jogadas

Teria motivo suficiente para agradecer 
Aos santos que são almas abençoadas 


V
Ainda que nesse patamar eu esteja aqui
Perdido aéreo em meu próprio mundo
   Esperando sentado para não cair 
Vele-me, oh Deus!... No meu sono profundo

 
Flavio Cavalcante
Enviado por Flavio Cavalcante em 09/02/2018
Código do texto: T6249704
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.