* Retenha-me! *
"...No adeus
Lágrimas.
Do céu,
O que me cai,
É sol !
No mar
Apenas da lágrima,
O sal,
Que escorrendo pela face,
Morrendo no canto de minha boca,
Se fez vida terminal.
Dos olhos meus,
Que não reconhecem a face tua,
Choro pela crueldade da lua,
Que não me consola nessa noite fria.
E no parapeito,
Me faço esguia,
Para olhar pela janela,
A esquina
E quem sabe, talvez
Meio torto,
Mas não meio morto,
A dobre mais uma vez!
E vivendo da esperança que me refez,
Sigo !!!
Olhos na janela,
Lágrima que cai,
Eternizo-a,
Fazendo de meu rosto,
A própria tela.
Para quem sabe,
Na chegada,
Chamar-me de Minha Amada
E somente a mim,
Em tempos sem fim,
No epicentro de teus olhos,
Reter-me..."