PANELAS, PANELEIROS E PANELAÇO

(Joésio Menezes)

Onde estão os “paneleiros”

Que, nas ruas e das janelas,

Protestaram contra Dilma

Batucando suas panelas?

Porque hoje aquela gente

Não vai às ruas, novamente,

Bradar contra as esparrelas

Do tal “vampiro” golpista

Que, sem mostrar compaixão,

Planeja sugar o sangue

De todos dessa Nação?

Porque hoje é tão escasso

O sonoro panelaço

Dos brazucas sem noção?...

Francamente, hoje temo

O Temer dos paneleiros,

Que está prestes a pôr fim

Na vida dos brasileiros,

Que nada podem fazer

Contra o vampiresco ser

E seus “ratos” traiçoeiros.

Hoje temo o meu futuro

E o dos meus compatriotas

Por causa da canalhice

Que do Temeroso brota.

Ele é tão mau, tão sacana,

Que até seus pares engana:

Compra-os, depois os enxota!...

O brado dos paneleiros

Aquietou-se, ficou mudo;

E nas ruas só o que ouvimos

São os lamentos, sobretudo,

Daqueles “pobres coitados”

Que, certamente enganados,

Também vêm perdendo tudo,

Inclusive as tais panelas

Por eles sempre usadas

Nos manifestos de rua,

Nas janelas e sacadas...

Além de estarem vazias,

Suas panelas, hoje em dia,

São a marca da derrocada.

E sem querer tripudiar

O ego desses “brasileiros”,

Vou aqui me despedindo

Nestes versos derradeiros,

Mas antes quero saber:

Alguém pode me dizer

Onde estão os paneleiros?