O CARNAVAL PAULISTANO

O carnaval já foi alegre e cheio de beleza.

Pelas ruas, blocos desfilavam com alegria.

As pessoas adoravam mostrar sua fantasia.

As mais admiradas eram com certeza,

as que lembravam o pierrô e o alecrim!

O carnaval já foi muito mais animado.

Aquelas marchinhas todas eram belas,

desde Chiquinha Gonzaga com “o abre alas”.

Como eram tão bom sair fantasiado.

Mas tudo aquilo mudou e teve seu fim!

O carnaval era só festa e tranqüilidade.

A gente se divertia de qualquer maneira,

sem precisar de drogas ou de bebedeira.

Ah! Quantos ainda sentem saudade

das guerras inocentes de confete e serpentina!

O carnaval nos trazia outros valores.

Hoje ele está em sambódromos confinado

e, o que é pior, pelo governo sustentado.

Sem maneira de se reviver amores

e nem os fascínios de uma Colombina!

O carnaval já foi bom para a infância,

com aquelas brincadeiras inocentes

envolvendo crianças e adolescentes.

Hoje o que impera é a violência

a nos assustar ou mesmo atacar!

O carnaval era somente uma festa

nas ruas ou salões; aquelas fantasias

que a todos traziam mais alegrias.

Agora, quase nada mais resta

além de poder sonhar e recordar!

O carnaval já foi bem mais popular.

O palhaço não inspira mais segredo.

Pessoas saem às ruas com muito medo.

Não temos quase nada para comemorar.

O vandalismo de toda maldade é capaz!

O carnaval de hoje parece um terror.

Se de um lado é perigoso sair na rua,

de outro, no salão só tem mulher nua.

Por isso clamo “bandeira branca amor.”

“Pela saudade que me invade eu peço paz!”

fev/2.007

Fernando Alberto Salinas Couto

Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 26/08/2007
Código do texto: T624653
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