DOMÍNIO OBSCURO


Amores desertos petrificam-se...
Atêm-se pós e após lápides frias
onde vazias vidas desenlaçam-se,
corpos atassalhando as agonias!

Intempestiva vã emoção humana
de quem adora, até se escravizar
e numa senzala doentia e profana
vai sangrando a mágoa no olhar!

Ceifada a luz-raiz do amor puro,
sombra da noite ligeira transpassa
devora o ser, que vaga no escuro
e cega o sonho terno que ali passa...

Eras-ruínas num templo em carcaça,
cercadura de intransponível muro,
domínio obscuro que amordaça!

 

13/02/2007

Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 26/08/2007
Reeditado em 11/07/2011
Código do texto: T624578