DOMÍNIO OBSCURO
Amores desertos petrificam-se...
Atêm-se pós e após lápides frias
onde vazias vidas desenlaçam-se,
corpos atassalhando as agonias!
Intempestiva vã emoção humana
de quem adora, até se escravizar
e numa senzala doentia e profana
vai sangrando a mágoa no olhar!
Ceifada a luz-raiz do amor puro,
sombra da noite ligeira transpassa
devora o ser, que vaga no escuro
e cega o sonho terno que ali passa...
Eras-ruínas num templo em carcaça,
cercadura de intransponível muro,
domínio obscuro que amordaça!
13/02/2007