Poema á deriva

O meu poema vive á deriva

no mar dos meus sonhos inatos,

nas ondas das saudades tardias

que brotam das marés tranquilas

do meu coração inquieto por felicidades.

O meu poema vive á deriva

na minha alma latente de notívago solitário,

na procura incessante pela quietude eterna,

na ternura incansável do menino sonhador,

na simplicidade do verso raro e arrebatador.

O meu poema vive á deriva

na simplicidade tenra que confunde nobres e doutores,

na flor que se abriu solitária para um mundo sem olfato,

na melodia transcendental do cantor sonâmbulo,

no grito sufocado do idealista que grita por justiça.

o meu poema vive á deriva

enquanto larápios se vestem de políticos,

enquanto a paz espera isolada para reinar,

enquanto o sol brilha mas, os homens ainda só enxergam o chão,

enquanto a eternidade passa pela vida sem ser reconhecida.

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 05/02/2018
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