Poema á deriva
O meu poema vive á deriva
no mar dos meus sonhos inatos,
nas ondas das saudades tardias
que brotam das marés tranquilas
do meu coração inquieto por felicidades.
O meu poema vive á deriva
na minha alma latente de notívago solitário,
na procura incessante pela quietude eterna,
na ternura incansável do menino sonhador,
na simplicidade do verso raro e arrebatador.
O meu poema vive á deriva
na simplicidade tenra que confunde nobres e doutores,
na flor que se abriu solitária para um mundo sem olfato,
na melodia transcendental do cantor sonâmbulo,
no grito sufocado do idealista que grita por justiça.
o meu poema vive á deriva
enquanto larápios se vestem de políticos,
enquanto a paz espera isolada para reinar,
enquanto o sol brilha mas, os homens ainda só enxergam o chão,
enquanto a eternidade passa pela vida sem ser reconhecida.