NAQUELE TEMPO
NAQUELE TEMPO
No tempo em que pensava ser gente
Jogava pelada
Pião e bolinha
Empinava pipa
Folheava Carlos Zéfiro
Batia punhetinha
Era feliz e sabia
Aí transformou-se em gente
Não foi mais feliz e sabia
Que a pelada, o pião, a bolinha
Não mais existiam
Carlos Zéfiro morreu
A punhetinha virou vergonha
Dali em diante
Podia ser sem vergonha
Infelizmente