NAQUELE TEMPO

NAQUELE TEMPO

No tempo em que pensava ser gente

Jogava pelada

Pião e bolinha

Empinava pipa

Folheava Carlos Zéfiro

Batia punhetinha

Era feliz e sabia

Aí transformou-se em gente

Não foi mais feliz e sabia

Que a pelada, o pião, a bolinha

Não mais existiam

Carlos Zéfiro morreu

A punhetinha virou vergonha

Dali em diante

Podia ser sem vergonha

Infelizmente

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/02/2018
Código do texto: T6245414
Classificação de conteúdo: seguro