LAGOA MANGOABA
Poema de:
Flávio Cavalcante
I
No palco de uma antiga cidade
Enfeitada com arbóreo verdejante
Que muito cultiva a popularidade
De um povo heroico e retumbante
II
Beleza de natureza hostil
Terra do coco, caju e da goiaba
Da seresta, chegança e o pastoril
E a beleza da lagoa Mangoaba
III
De águas mansas e límpidas
Protegidas pela mamãe natureza
Com vegetais nas águas Insípidas
Com raros pássaros inebriando a beleza
IV
Oh, Mangoaba minha lagoa
De cantos e encantos mil
Lugar que o poeta entoa
És um pedacinho do Brasil
V
És a vida que o povo se curva e respeita
És o berço que no peito adormece
És a rede que o pensamento deleita
És o prazer que a natureza agradece
VI
Alagoas é terra abençoada
Tem a benção de Deus por tua presença
És por consideração a irmã mais amada
És vislumbrada de toda forma extensa
VII
Tens na cidade de Marechal Deodoro
O seu porto ás suas margens pacatas
Mangoaba és a lagoa que eu adoro
Nas noites de lua e serenatas
VIII
És um relicário que natureza produz
Dos seus frutos em terreno arenoso
Consumidos no leito que a vida traduz
Com a beleza do pôr-do-sol saudoso
IX
Oh, lagoa minha das cordas da viola
Dedilhadas nos versos e canções
Dos cocos, do xaxado que embola
Ritmando as batidas dos corações
X
És o motivo de toda a minha alegria
Com orgulho te incluo em minha toada
Na tua beleza escrevo a mais linda poesia
Obrigado a você, minha lagoa MANGOABA