Além do véu

Alem do véu, palavras inertes,

verdade incontida, verbos inconjugáveis,

livres de falácias, libertos de mendacidades,

habitação eterna do poema eterno e primaz.

Além do véu, além do céu, no infinito na linguagem,

no ápice da felicidade, no reino eterno de palavras sábias,

no limiar do sonho e da realidade, na amplitude do verso,

na verve dialética que se transforma nos eternos idiomas.

Além do véu, onde somente o poeta consegue chegar,

no território isento da ignorância e do senso comum,

no recôndito alado da inspiração intermitente,

na candura intensa de cantos de primaveras eternas.

Além do véu, no cantar suave de rouxinóis angelicais,

na plenitude pacífica onde o mar se encontra com o céu,

na eternidade da esperança pleiteada por toda a vida,

além do véu, onde poema descansa sob a sombra de Deus.

Giovani Ribeiro Alves
Enviado por Giovani Ribeiro Alves em 04/02/2018
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