A açucena
A fé poética,
impositora,
manda cantar-se a açucena;
o seu perfume é a iluminura
de tantos versos
pelos continentes...
É mais do que símbolo.
Mas eu nunca vi uma açucena,
nem o seu perfume conheço;
talvez a tenha visto em uma enciclopédia,
mas estou impossibilitado
de lhe dedicar um canto.
Dela só conheço
– tristeza! –
a música lingüística.