GENTIOS
GENTIOS
A cantilena de todos os tons
Agridem ouvidos tantos moucos
E não são poucos
Cansados de tantas diatribes
Não há porto para arribe
Onde haja harmonia
Som que não seja gutural
Que o ritual não seja odiento
De morte sedento
Adeus civilidade
Adeus qualidade
Adeus amizade
Flores apenas no túmulo
Em acúmulo
Sem perfume
Sem beleza
Apenas ardume
Em olhos cerrados
Pela morte do sujeito
Sem verbo
Gentio que não sabe mais
Ser gentil