Sozinha
Saudades do braço no ombro
Saudades de alguém
Amiga de tanta gente
Tem horas assim
Sem ninguém
Frágil
Tem dias que sou mais frágil
Pesa
Fico lenta
Em casa
Sozinha
Até me recuso a descansar
Depositar-me na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Sinto-me frágil
Comentário lindo, emocionante do Poeta, Mestre Márcio Buriti, para nunca sumir daqui;
A Poesia é de todo lugar, de todo tempo, de toda emoção. Independente do sentimento, fica bonita por ser Poesia e por retratá-lo. "Sozinha", de Patrícia, retrata perfeitamente a solidão da personagem, a ponto de levar o leitor a sua casa, segui-la pelos cômodos até à cama, em que ela se joga, frágil. Poesia é assim. E aqui, em "Sozinha", além da autenticidade, ela deixa aberto o chamado "nada melhor do que um dia após outro". Aplausos, Patrícia!