(((GENTE... CHUVA, MIÚDA)))

GENTE... CHUVA MIÚDA...

Choveu do meu olhar

Saudades de um tempo...

Corri sem medo no campo

Represei barreiras do mar

Deixei desaguar mágoas

Rolaram prantos d’águas

Esvaziei poços retidos

De tudo que não floriu...

Quero florescer novos tempos

Em campos de margaridas

Pétalas singelas brancas

Não mais aquelas feridas...

Que antes me espinhavam

Em flores de amarguras

De cheiro amargo doído

De uma alma moída

Em dias de frio cinzento

Pessoa que contamina

Mesmo perto de fogueira

Fala... Fala de bobeira

Gente de alma fria

Onde chuva nunca estia

o pensamento não muda

Por dentro cabeçuda

Se deixar... Contamina o dia

Miúda, não muda, será que muda?

JANEIRO – 2018. (fechando)

Autoria: MargarethDSLeite.