Belo Sorriso
Que belo sorriso tinha aquela lépida menina,
Encontrei-a entre as dunas da orla marinha;
Sorriso que o tempo apagou, mas o coração...
Bem, o coração jamais se quedou esquecê-la!
Tampouco perdoou as malfadadas mazelas,
As marcas profundas, riscadas pela paixão.
Restos do que so[ço]brou do verão...
E do varão...? Vestígios de amor risonho,
Faceiro, tresloucado e, tal qual a menina,
Fragmentou-se na orla marota do coração!
Vingaram somente as dunas, solitárias dunas,
Monólitos disformes daquela doce ilusão
Perdidas na mesma e pacífica orla marinha,
Naquele mesmo tépido e ensolarado litoral,
Lá (ou aqui), onde encontrei a lépida menina...
Mas que belo sorriso tinha a menina!