embriaga-me de versos, pois de bebida eu já estou
Ontem fui dormir bêbada
Hoje acordei naquela ressaca
Vomitei de bêbada e de raiva; lavei um pouco da alma
Mais tarde vou beber mais porque ainda tenho muitas coisas para vomitar
As canções que escuto me prometem um amor perfumado e colorido
que me tirará da cinza solidão que me habita a vida inteira
Meu cabelo está molhado, acabei de sair do banho gelado
A cada palavra que espirro, uma gota de esperança me molha.
Mas logo descubro que as gotas eram lágrimas embrulhadas numa nova ilusão
Minhas palavras sem sentido combinam com a bagunça do meu interior transparente
Minha cabeça está confusa, girando, doendo; não estou mais tão bêbada, estou normal...
Minha mente é perturbada demais para alguém que não tem realmente sobre o que pensar