A VIRGEM E A COROA - II
A Chaga viera se instalar
Virgem nenhuma poderia se curar
Nem mesmo a sacra imagem no altar
A Chaga ousava respeitar!
Tantos vieram usurpá-la
Aos milhares, famigerados surgiam
Alçavam os copos e os peitos bramiam
Bárbaros em público, a execrá-la!
Vociferavam com a escassez de luz aparente
A Virgem lhes negava o insano brilho
Que causava a prata, o ouro e o diamante
Em seus corações endurecidos pelo orgulho!
Ao contrário,
Ofereceu aos filhos da cruz
Água e aconchego
Sempre ao abrigo da luz.
A Virgem se rendeu à “destinação”
A mistura aceitou com maestria
Como sinal de grande evolução
Ora, a chaga não manifestou alegria.
A Virgem, superior, assistiu calada
Suas filhas sangradas em terra seca
Era o princípio da veia manchada
Que até a alma o tempo resseca.
CONTINUA - A VIRGEM E A COROA - III