MARGEM

MARGEM

Estava na margem

A olhar o rio

Que fluia caudaloso e incessante

Logo fui alagado

Afogado sem resistir

Levado sem querer

Ao mar que me esperava

Para o batismo de sal

Temperando-me

Para o menu da vida

E os pratos dos dias

Entre tempestades e calmarias

Ondas e espumas

Até ser jogado na praia

Onde virarei grão de areia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 28/01/2018
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