MARGEM
MARGEM
Estava na margem
A olhar o rio
Que fluia caudaloso e incessante
Logo fui alagado
Afogado sem resistir
Levado sem querer
Ao mar que me esperava
Para o batismo de sal
Temperando-me
Para o menu da vida
E os pratos dos dias
Entre tempestades e calmarias
Ondas e espumas
Até ser jogado na praia
Onde virarei grão de areia