Erva daninha do ressuscitar
E se de repente eu me sinto dono do mundo
E nessa solidão, até os cantos mais escuros
Em meus pensamentos, o conquistador
Tão solitário quanto poderoso
E temeroso, ao que lhe é certo desbravar
Para depois amar, e devorar, seguir e novamante
Temer o porvir, Sísifo, o delírio, a vida e a lida
Tudo que se consolida, num pensamento real e tocável
Minha vida, você diante de mim, e as coisas por serem indiferentes,
Nos entregam o significado da realidade, que nos expulsa do paraíso
Seu sorriso serve de salvo conduto, no abismo do apartamento térreo
E com calma, as contas são pagas, nossa vida, nosso tempo, nossa alma
Dia a dia que passa, espremendo nossa força, cansada
Mas enquanto o mundo existir, há de se permitir dominar
Do ventre do deus dos seus, ou da madre terra
Rainha e erva daninha do ressuscitar!