domados

Domados

Ao sol dessa pintura de guerra

Logo pela manhã fática do dia D…

Nos acomodamos no colo da cama

E nos deixamos levar pelas notícias

Desse dia ceivado de agonias…

Tempo de eleger novos mandantes

Dessa esbórnia de filamentos?

Tempo de guerrear nossos talentos

Pelas bordas das alegrias mortas?

Em pleno dia as camas chamam

Para o silêncio de há pouco quando

Dormiam as ofertas de regalias…

Somos complacentes ou cúmplices

Do mal amanhado em nossa mesa?

Abandonados pelas dionisíacas

Ofertas de antes dessa pantomima

Enervamos a estrada larga da ida

Na volta estreita, sem saídas…

A manhã, e seus assustadores

Fios de luz sobre nossa mesa,

Mostra-nos a paz das flores,

Seu verde e branco expostos

Ao vento que vem de ontens,

E não percebemos diferenças

A não ser em nossas frontes…

Durante a noite seguramos

A esperança em nossos sonhos,

Como se não estivéssemos

Nesse reino de loucos matinais,

Que nos fazem tremer o susto

De outra vez sermos mortais.

Esse discurso envenenado,

Esse olhar de ódio sobre ruas

Que se desfazem em praças

De uma guerra que nem é sua

É a conversão dos males

Numa verdade crua e nua.

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Enviado por sergio donadio em 23/01/2018
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