SINCERO É O SER
Sincero é o ser
Que aporta na terra
Sem eira e nem beira
E mesmo sem saber
Aceita viver
O dia de hoje
E vislumbra ao longe
O que poderá ser
Sincero é o ser
Que entre o bem e mal
Aposta o seu tudo
E começa a jogar
O jogo da vida
Que é esse mundo
E num poço profundo
Se deixa afundar ... prá depois flutuar,
Mais sincero é o ser
Que mostra a sua cara
E não há coisa mais rara
Do que bem se mostrar
Como foi, como é, como será
Esse alguém manso, destemido
Esse monstro feroz e tão querido
Das querenças do mais puro amar
Pois, sincero é o ser
Que abre as portas do paraíso
Mesmo que o inferno se revele
Para que o caos lhe esfacele
Nos mil cacos do transmutar
Entre véus, brumas e máscaras
Entre capuzes, sombras e capas
É o ser, só o ser, o seu ser será