meninos de chuva
jamais entenderei,
amigo,
minhas letras
cinzam tão cinzas,
tão cheias de moinhos
de nada - e nem das beiras!
- Como cantam as pedras de um rio? Elas cantam?
e rabisco-me
entre pingos de chuva
como um menino
imaginando
pipas d'água
a decorar um céu
marinho